Se você espera um filme épico sobre a relação entre deuses gregos, humanos e titãs, é melhor baixar suas expectativas. Apesar do visual fantástico, e da assisnatura do diretor indiano Tarsem Singh, "Imortais" tem um roteirto chato, uma história que passa distante da mitologia grega clássica, e atuações salvas apenas pelo astro Mickey Rourke (Os Mercenários), interpretando o rei Hipérion. Sedento por vingança contra os deuses, que permitiram a morte de sua família, Hiérion parte com seu exército destruindo as vilas gregas (completamente surreais, ou melhor, irreais) em busca do Arco Épiro, capaz de lbertar os Titãs da prisão do Monte Tártaro e iniciarem uma guerra contra o Olimpo.


Teseu (Henry Cavill -  Superman - O Homem de Aço) é um aldeão grego, mas com um espírito de soldado americano do século XXI. Em busca da vingança pelo assassinato de sua mãe, e da 'liberdade' de seu povo, ele é guiado pela oráculo Phaedra (Freida Pinto - Quem quer ser um milionário) a também ir em busca do Arco Épiro. A atuação de Cavill, fria e insólita, em nada colabora para a construção do personagem, que mais parece um gaoto perdido, com momentos de adrenalina. Na mesma linha estão os deuses (Kellan Lutz - Poseidon; Luke Evans - Zeus; Isabel Lucas - Atenas; Daniel Sharman - Aries) com atuações fracas e em situações confusas.


O visual e as lutas sangrentas são a grande aposta do filme (qualquer semehança com "300" - dos mesmos produtores - não deve ser descartada). Os efeitos visuais impressionam, mas não o suficente para conferir ao filme o seu auto-rótulo de Épico.


Mas essa é apenas a minha crítica. Se você tem uma opinião diferente, comente abaixo. Nos próximos dias, uma entrevista com o historiados Maurício Santos, especialista em Antiguidade, sobre as incoerências do onga. Aguarde.
 



Imortais 

(Immortals, 2011)  
• Direção: Tarsem Singh
• Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides
• Gênero: Ação/Drama/Fantasia
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 110 minutos



O filme é incrível, e consegue não consegue não deixar nenhum “ponto sem nó”, em meio as tantas reviravoltas que a história sofre — e não são poucas.

Megamente ainda bebê, chega a terra, vindo de um planeta distante — essa não é a história do Superman ? —, o mesmo acontece com Metroman, o herói do filme, e maior inimigo de Megamente, desde a infância. O grande herói do longa morre logo no inicio do filme, e Megamente torna-se o “poderoso chefão” da cidade, já que a mesma já não conta mais com um herói. Logo Megamente  percebe, que sua vida não tem sentido se ele não tem um inimigo, para lutar consigo, e resolve criar o herói, mas o plano não dá certo e a história vai desenrolando em meio a idas e vindas até o fim da projeção.

Com tantas reviravoltas, o filme chega a lembrar novelas mexicanas, mas diferente das mesmas , a história é completa e ao final não deixa margem a dúvidas.

É um filme acelerado, e alucinado ao mesmo tempo. Na cena final a produção conta com uma sequencia da música Bad,  uma homenagem ao astro pop Michael Jackson.

O filme, não foi digno de muitos prêmios, é de fato não era um filme para tal feito. É apenas um filme legalzinho, que brinca com clichês de hollywoodianos, e satiriza os heróis — e os vilões dos quadrinhos. Uma das provas disso, é que a história ainda conta com uma Louis lene, uma repórter do noticiário local, que todos acreditavam ter caso com Metroman quando este era o herói, e que se apaixona por Megamente ,quando ele vive  sua crise de consciência, constatando que sua vida já não tem mais sentido sem alguém para rivalizar consigo. E a partir desse drama o filme cria uma atmosfera recheada de piada, e sátiras. E é um filme legalzinho, mas é só isso.

A história resumida é um grande clichê do cinema americano, mas na forma como Steven Spielberg nos guia. A história do cavalo Joe ,é incrível. É maravilhoso ver um cavalo que pouco a pouco, vai sendo cada vez mais “humano” — talvez até mais que muitos homens e mulheres de nossa geração.

O fazendeiro Ted (Peter Mullan), precisa de um cavalo para arar a terra de sua fazenda, esse cavalo deve ser raça pura. Mas num lapso de loucura, Ted acaba comprando, um cavalo que aos seus olhos é forte, mas que não é de raça e, portanto não serviria para o trabalho. Seu filho, que já havia tido um breve contato com o cavalo em seu nascimento, logo cria fortes laços com o cavalo Joe, e se compromete a treina-lo. Durante a guerra os dois amigos, são forçados a se separar, e o longa metragem narra toda trajetória do cavalo Joe, até que ele possa reencontrar Albert (Jeremy Irvine), em uma terra de ninguém.

Cavalo de guerra, não é um filme para bilheteria — embora, o nome de Spielberg deva levar milhões de espectadores às salas de cinema—, mas um filme para Oscar. Outro fator que contribui ainda mais para isso,é sua época de lançamento nos EUA — fim de dezembro —,caraterística comum aos filmes que almejam um lugar ao sol na premiação.

A trama é lindamente apresentada ao espectador. Algumas cenas tem uma magia especial, que contribui muito para construção da personalidade do cavalo. Uma delas é quando o cavalo, salva seu amigo ( um outro cavalo )da morte, que vem acompanhada de — uma mostra da genialidade de Spielberg — um close no olhar de Joe.

A cena do reencontro entre Joe e Albert, é também maravilhosa. E embora todo o elenco seja desconhecido, todos estão muito bem.

O filme, ainda conta com brincadeiras, entre os soldados rivais, como quando soldados dos dois exércitos — rivais — se unem para salvar Joe. Nessa cena, você entende porquê Joe, é uma cavalo de guerra, e isso não se dá apenas porque os soldados assim o dizem, mas sim pelo fato de que graças ao cavalo, soldados, que outrora tentava se matar, se unem.

A história é perfeita, e o filme, com certeza é digno do OSCAR de Melhor diretor, e deve figurar entre os melhores filmes do ano.

Um dos charmes do filme é seu estilo épico. Coisa rara nas produções de hoje, apenas encontrada em algumas fitas como “O ilusionista”. Já, que como dizem,está fora de moda, porém Spielberg faz uso deste estilo brilhantemente recurso, como só um grande diretor, poderia fazer.

No Brasil o filme chega aos cinemas, no dia 6 de janeiro.

 Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)
Não sou dos maiores fãs de filmes de ação hollywoodianos, sobretudo quando um diretor utiliza os diálogos apenas para esclarecer o desenrolar de uma história. Em MI4 (ninguém chama assim, mas serve pra lembrarmos que este longa segue outros três,  que de certa forma foram ‘bem sucedidos’), Tom Cruise volta a interpretar o agente Ethan Hunt, com algumas características diferentes dos anteriores.
Mais velocidade – Você terá a sensação de estar correndo a 200 km/h junto com a trama; cenas de ação de causar vertigem; e muita ‘mentira’ nas explosões e batidas de carro, em que todas as vítimas sobrevivem (“e passam bem”).
O retorno da trama nuclear – Com uma nova abordagem, o filme resgata o estilo de vilões que planeja dominar/destruir o mundo, e com uma ‘boa intenção’, recriar a raça humana. Em anexo, o passado da URSS como plano de fundo do filme, mas sem os clichês da Guerra Fria.
Muita iTecnologia – Eu acho que perdi a parte em que Tom Cruise apresenta um comercial da Apple. Do início ao fim do filme, há referências aos produtos da Apple, como o iPhone, o iPad, o Mac e diversos gadgets eletrênicos disponíveis apenas para espiões. Eles são utilizados magistral (e simplificadamente) por Ethan e seus parceiros nas etapas da missão.
Mais risadas – Com um tom menos sério que nos filmes anteriores (mas sem tentar ser comédia) o filme provoca mais reações de surpresa e risadas que tensão. Eu mal percebi essa diferença, e estou curioso para ver a reação do público.
E, novamente, um bom filme para ser assistido no cinema. Se for ver a versão em 3D procure uma sala com tela IMAX. Faz MUITA diferença! Boa diversão.




O filme mantém a linha de seus antecessores, corrigindo falhas de filmes anteriores, e conta com uma série de referencia a outras produções.
Dave (Jason Lee) leva os esquilos para férias em família num cruzeiro, enquanto se preparam para um importante festival de música. Entretanto numa confusão  — como é de se esperar causada por Alvin e os esquilos ( e as esquiletes)acabam perdidos  numa ilha quase deserta. Davi, junto com Ian( David Cross )—que neste terceiro capitulo da franquia volta como animador do cruzeiro — saem para salvar os esquilos, mas acabam também perdidos na tentativa de salva-los.
O filme está recheado de referências a outros filmes, a principal e mais óbvia se da com Naufrago (2000). Tal referência acontece, com a personagem Zoe (Jenny Slate) que assim como acontece na produção de 2000 com o personagem de Tom Hanks, está presa numa ilha, e para fugir da solidão passa a imaginar bolas esportivas — de basquete, de golfe...— como suas amigas.
Em produções como a franquia Alvin e os esquilos, e outras como Gafield, sequer vale a pena para analisar a atuação dos atores humanos, já que são meros coadjuvantes, e suas poderiam facilmente ganhar prêmios como o Framboesa de ouro, caso as animações não fossem, o que anula, suas terríveis participações nestas produções, que embora sejam agradáveis não visem qualidade, mas sim público.
Esse terceiro capitulo, é apenas mais da mesma fórmula bem sucedida —com alguns ajustes mínimos — , que já havíamos visto nos dois filmes anteriores da série.
Uma dos principais ajustes, nestes terceiro, são as cenas em que os esquilos interagem com humanos, que são pouquíssimas, e só acontecem quando inevitáveis. É fácil perceber o esforço para evitar que os esquilos apareçam no mesmo quadro que os humanos. E com certeza esse foi o melhor ajuste feito no filme, já que desde 2004 com Garfield,  essas cenas não convenciam.
Diferente do segundo, onde Dave, passa a maior parte da história ausente , devido a um acidente que sofre logo no inicio do filme, e só torna a aparece no final. Nesse longa e tornar a estar presente na história ,como coadjuvante. E Toby (Zachary Levi), que “substitui”, Dave, no que se refere a cuidar dos esquilos no segundo filme não torna a aparecer.
A trilha sonora é outro assunto a parte, já que os esquilos cantam grandes músicas do cenário pop musical, da atualidade, e o filme conta com uma incrível sequencia da Música Bad Romance (Lady Gaga),numa coreografia em conjunto com as esquiletes.



O filme chega aos cinemas no dia 06 de janeiro de 2012


Christine- O carro assassino é um verdadeiro clássico do gênero de terror. A história é simples, e tem o próprio carro como personagem principal. E aposta em atores pouco conhecidos a fim de não roubar a cena do carro, que protagoniza o filme, e ao longo da trama vai se mostrando um carro sentimental, e egocêntrico.
Arnie Cunningham (Keith Gordon), é um nerd, vitima de bullyng, que conta com seu melhor amigo, Dennis (John Stockwell) para defendê-lo dos valentões do colégio. Após uma surra, enquanto volta para casa, Arnie , vê na garagem de um velho muito estranho, um carro destruído, mas pelo qual se apaixona.
Embora desconhecidos, o elenco todo está  muito bem neste filme, que possuí fãs fervorosos — não é difícil entender por que, afinal de contas, a história embora simples é agradável e cativante.
O filme não conta com muitas subtramas, e é curto e grosso, que diz respeito ao terro, com cenas que incluem Christine,  correndo em chamas, atrás de um jovem, inimigo de Arnie —o carro tem ciúmes de seu dono — que a destruiu.  Outras cenas incríveis são aquelas em que o carro se reconstrói.  O final também é genial, embora, seja um clichê usando em quase todos os filmes de terror.
Um carro ciumento, que não gosta de dividir seu dono com nada nem ninguém. Um carro que se reconstrói. Um carro vingativo... Esses são apenas alguns, dos tantos argumentos que podem ser usados para definir Christine, um modelo Plymouth Fury 1958, que é o grande protagonista desse clássico do terror, dos anos 80. Ano em que o gênero teve suas melhores produções, e viveu seu auge.
Conclusão: Essa obra merece ser admirada, por sua raridade, e por ser um exemplo de terror, do tipo que não se vê mais nas produções recentes, do gênero.




Um filme para agradar a toda família. Essa é a melhor forma de definir Compramos um Zoológico. O filme narra a história — real — de um homem, que após perder sua esposa resolve comprar um zoológico a fim de proporcionar a si e aos filhos um novo recomeço, que como o filme mostra é doloroso, é difícil no começo, durante a fase de adaptação, mas aos poucos vai dando certo, e a família vai se recuperando da perda da mãe.
O elenco consegue criar uma família incrível, e Matt Damon, está muito bem neste longa metragem, conseguido transmitir através de seus olhar e de sua atuação,  a emoção e o sentimento do personagem, que acaba de perder a esposa , e ainda sofre com sua lembrança. A dupla de  pai e filho , formada por Matt e Colin Ford, é outro ponto forte do filme. O jovem ator consegue se sair muito bem no personagem de um adolescente desajeitado, que tem  dificuldade de lidar com garotas , e com seu pai, que assim como ele sofre com a perda da mães/esposa . Ao longo do filme, o relacionamento dos dois evolui de uma forma incrível, conseguido comover o público.
Outra grande atuação é a da jovem, Maggie Elizabeth Jones, que interpreta a filha do personagem de Matt Damon; uma garota de sete anos com uma personalidade forte, que ainda acredita no coelhinho da pascoa, e é um dos principais motivos, para que o pai resolva comprar um zoológico. A garota arranca risadas da plateia durante todo o filme ,com seu jeito criança, que porém, é até mais sensata que o pai.
A grande decepção do filme é mesmo a atuação de Scarlett Johansson, que aparece como a chefe dos funcionários do zoológico, que está a beira da falência, sobrevivendo através de subsídios do governo quando o Matt resolve compra-lo. Scarlett aparece como uma coadjuvante inexpressiva, que parece perdida em meio aos animais todo o filme, com cara de menina da cidade.
O longa ainda conta, com piada interessantes e atuais como numa cena em que o personagem de Matt, faz menção aos mineiros chilenos, em uma piada.
É um filme para família, principalmente para crianças— como é de se esperar, dada a época do ano em que o filme será lançado (23 de dezembro). É um filme para se fazer bilheteria, com foco nas crianças, embora agrade a toda família com uma história leve ,uma drama familiar, e personagens engraçados.


Encurralado (1971), aposta no mistério e na curiosidade, para criar uma trama, que envolve o espectador nos dilemas do personagem central. Toda a trama se inicia quando numa estrada, David (Dennis Weaver) , ultrapassa um caminhão, a partir daí ele passa a se ver numa luta contra o veículo que começa a persegui-lo, buscando sua morte.
O filme deu inicio a carreira de Steven Spielberg no cinema. A principio foi produzido para ser exibido apenas na tevê, mas com seu sucesso acabou chegando aos cinemas do mundo inteiro.
O filme é simples, porém bem feito — talvez essa seja a formula de seu sucesso. A trama não possui subtramas, foca-se apenas no personagem central e no caminhão que o persegue. O caminhão, em momento nenhum, ganha um rosto que o represente por isso a maquina, se torna o coadjuvante do filme — da figura que dirige o caminhão, vemos apenas as botas, e o braço, fazendo um único movimento. Tamanha simplicidade, que todo o longa foi gravado em apenas 13 dias, e se tornou um clássico do cinema mundial.
O filme não conta com muitos personagens de importância, apenas David, que é perseguido pelo caminhão. Tal personagem é interpretado por Dennis Weaver, que consegue dar vida ao personagem, com uma boa atuação, que atende bem as necessidades do personagem, mas sem maiores méritos. É uma atuação simples, como todo o filme, que conta com um único figurino, poucos cenários — apenas o carro e alguns lugares a beira da estrada.
E como primeiro filme de qualquer diretor, o orçamento é baixo , diferente das demais produções de Spielberg, que viriam depois deste filme. A produção é simplista, porém criativa. Criatividade que contorna o baixo orçamento do longa.
Conclusão: esse filme é a aprova de que o segredo por trás de Steven Spielberg, não são os grandes orçamentos — embora eles façam uma grande diferença. Steven Spielberg, é um gênio,com ou sem grandes orçamento.


Robin Williams dá um show, em matéria de improvisação em Bom dia, Vietnã.  Como um radialista do exercito, seu personagem, o soldado Adrian Cronauer, conquista inimigos, e importantes aliados entre seus superiores.
Toda a trama se passa durante a guerra do Vietnã. Para animar a rádio do exército americano, um oficial do alto escalão resolve trazer o soldado, que o fizeram rir muito em uma de suas viagens. Chegando ao País, o soldado logo se apaixona, por uma nativa, e conhece seu irmão que o levará a conhecer o País, e a guerra.
Apesar de se passar durante uma guerra, este longa, não é um filme de guerra, já que a mesma serve apenas como cenário para que a trama se desenvolva, e surpreenda o espectador com doses de drama que pesam mais que o normal, em um filme que segue o ritmo de uma comédia. E um romance, que aos poucos vai se mostrando impossível.
Robin Williams teve nesse filme, o seu primeiro sucesso no cinema. Nesse longa foi visto pela primeira vez como um ator para o cinema, já que antes era visto apenas como um ator de tv. Tamanha qualidade de sua participação, que foi indicado ao Oscar de melhor ator, mas acabou perdendo para Michael Douglas em  Wall Street-Poder e cobiça. Embora seja boa, a atuação de Robin Williams é inexpressiva neste longa, talvez por isso não tenho levado o Oscar.
Conclusão, o filme aposta numa mistura de humor com drama, que em certos momentos dá certo, e surpreendem o espectador, como na cena do restaurante, que naquele instante parece pura coincidência, mas depois é explicada, e surpreende, ao mesmo tempo comovendo o espectador.
Vale a pena assistir, mas não vai além disso, o filme é legal com grandes atuações piadas engraçadas, mas com um roteiro fraco, salvo pelos improvisos de Robin Williams, aliás ele faz o filme valer a pena.


A pele que habito (2011),marca o reencontro do Diretor Pedro Almodóvar com Antonio Banderas. Foi através das produções de Almodóvar, que Banderas caiu nas graças de Hollywood, entretanto os dois havia tido uma briga, que com esse novo longa parece ter se resolvido.
É difícil falar desse filme, sem contar o final, já que toda a trama é interligada numa narrativa, onde as consequências são mostradas primeiro, para que em seguida as causas apareçam e deem sentido a tudo o que aconteceu.
Antonio Banderas, se adequa muito ao bem ao personagem, um médico pesquisador alucinado que perde a esposa e em seguida vê sua filha,que se recuperava dos problemas de sociabilidade, ser estuprada, e piorar de vez, tendo que ser internada. Mas não resiste a loucura e acaba por destruir a própria vida durante sua internação.
O personagem de Banderas tem ainda uma grande ligação com uma paciente, que mantém internada em sua casa, que é também uma clinica de estética e um laboratório. Mais tarde vai se descobrir uma ligação entre todas as subtramas, que a principio não possuem nenhuma ligação, mas estão muito mais ligadas do que se pode imaginar.
O filme tem seus momentos engraçados, e não são poucos, aliás, acaba se perdendo um pouco, quando cenas que deviam levar um mínimo de seriedade, causam risadas na plateia, caso da cena final com a belíssima atriz Elena Anaya, que apesar de aparecer magistralmente durante quase todo o filme, falha nesse momento.
O longa ainda carrega um ar misterioso, e cientifico que pode conquistar aos fãs de séries médicas, como House e outras tantas.
Toda a história acontece dentro de um circulo de apenas 3 personagens, outros aparecem pelo caminho, deixam, ou não, sua marca e a história segue. A trilha sonora é agradável, não atrapalha a história, ou mesmo influi e aparece nos momentos certos. Cenas de sexo, o filme tem várias, algumas desnecessárias, mas numa obra em que tudo ganham sentido em determinado momento, como é caso desta, é difícil imaginar o filme sem elas.
O longa ainda deixa o final aberto, algo que se espera de filmes que se candidatam ao Cult, não acredito que seja o caso deste. Mas não deixa de ser um bom filme espanhol, com um ator que é mundialmente conhecido por seu trabalho nas terras do Tio Sam. Almodóvar deixa sua marca nessa narrativa, que alterna passado e presente para contar o clichê do artista que se apaixona por sua obra (não posso falar muito sobre isso, caso contrário acabaria revelando o final da trama).


Há algum tempo já havia escrito sobre, Planeta dos Macacos (1968). Entretanto resolvi voltar a falar do filme, após tornar a assisti-lo.
Posso, ver o filme quantas vezes quiser, mas sempre irei achar incrível aquela maquiagem, e sempre será difícil entender, como uma obra de tamanha grandiosidade como está, pode ter sido feita, sem os recursos especiais de hoje. E é fácil perceber que não séria a mesma coisa, basta observar os novos Planeta dos Macacos, ou mesmo aqueles que se seguiram, nenhum conseguiu repetir o sucesso do primeiro filme, principalmente quando se fala em qualidade.
As atuações não são perfeitas, passam longe disso, embora Charlton Heston tenha conseguido dar a seu personagem um toque rudimentar, que caiu maravilhosamente bem no mesmo. Outra atuação que também não é grandiosa, porém chama a atenção é a de Linda Harrison que interpreta Nova, dado a ela aquele olhar cativante, sexy, e ao mesmo tempo tão ingênuo, de quem pouco conhece o mundo que está ao seu redor, e isso sem dizer uma palavra durante todo o filme. A atriz ainda fica marcada por cenas, como àquela em que sorri um sorriso artificial, de quem sequer sabe o que isso significa, mas está aprendendo com seu companheiro — Taylor—, a se tornar alguém civilizada que entende , ou fingi entender seus sentimentos, como nós seres humanos  fazemos.
A narrativa é levada ao espectador com uma trilha sonora leve, que pouco influi no filme, deixando que a história siga, de uma maneira a causar, certo ar de realismo no filme, já que também não temos trilha sonora em nosso cotidiano. Essa é uma contribuição de seu diretor, Franklin J. Schaffner, um japonês, que estava acostumado a dirigir séries de tv, mas que tem grandes filmes em seu curriculum, entre eles Patton (1970), que levou sete OSCARs, entre eles o de melhor diretor e melhor filme.
O filme é incrível, e ao fim nos leva a pensar se a evolução, paga com a destruição de vidas, vale mesmo apena.


Sua mãe acaba de morrer, você agora está diante de um advogado — que era também o patrão de sua mãe —, pronto para leitura do testamento, e quando está acontece, você descobre que seu pai está vivo, e que tem um irmão. E para cumprir a vontade de sua mãe deve agora viajar pelo mundo, e entregar uma carta para cada um deles. Caso contrário, sua mãe deverá ser enterrada de uma estranha; despida, e sem uma lápide que leve seu nome.
O filme pode não ser interessante, para os fãs de blockbusters americanos, já que a narrativa durante todo o filme —com exceção do final — é lenta — até cansativa, já que sabemos apenas o que os filhos sabem sobre a mãe, e vamos junto a eles conhecendo a história da mãe através de flashes. Trilha sonora; existe, mas em pouquíssimos momentos, e não influi diretamente na cena, fato que contribui ainda mais, para o realismo que o filme consegue transmitir.
O longa não economiza, ou exagera no drama, tudo acontece na medida certa, com cenas que somente podem ser descritas de uma forma: Nuas e cruas. Sem muitos retoques, ou cortes o filme tem cenas fortes, como uma cena, em que cristãos atacam um ônibus com muçulmanos. E essa cena não pode ser descrita com palavras, apenas vista.
O diretor acerta grandiosamente ao apostar numa narrativa, que alternar entre o presente — com a filha— e o passado — vivido pela mãe.
O longa também, aposta numa ligação com as ciências exatas — matemática—  ,já que a filha, uma matemática, cria coragem para sair viajando pelo mundo através de cidades fictícias, e descobrindo o passado de sua mãe ao ouvir de um professor a frase “Problemas insolúveis geram problemas insolúveis”. Nessa cena ela percebe que, precisa atender ao pedido de sua mãe ou carregará esse peso de durante toda sua vida.
Outra cena genial, se dá no final quando ao descobrirem todo o mistério que envolvia sua mãe, A mulher que canta, o definem em apenas uma equação 1+1=1. Numa das cenas onde se vê toda a emoção, que não havia sido vista durante todo filme.
O filme é brilhantemente dirigido por Denis Villeneuve, que mostra toda sua genialidade, desde a primeira até a última cena, já que na mesma, todas as demais, em especial a primeira, ganham sentido. Outro ponto interessante do longa foi posto em debate por Susana Schild, durante uma sessão do mesmo na mostra Filme em Foco, diferentemente do que acontece nos filmes hollywoodianos, na produção as cenas que seguirão não são pré-anunciadas por uma trilha sonora, ou por qualquer outro elemento.
O longa ainda conta com incríveis cenas na piscina interpretadas pela maravilhosa, e desconhecida dupla central de atores (Lubna Azabal , Maxim Gaudette)Tal cena também pode também ser interpretada , como algo maternal, já que agua da piscina pode ser interpreta como a bolsa de uma mãe ( esse é outro tema posto em debate na mostra Filme em foco).
O longa de Denis Villeneuve, também é repleto de personagens muito bem construídos e complexos, como a mãe, que não é boa nem má, é uma pessoa, um resultado de suas, experiências.


Você pode extrair armazenar, e até mesmo vender sua alma. Existe um mercado negro para venda de almas, o chamado tráfico internacional de almas, que vende almas russas, nos Eua, e vice-versa. Tudo para se livrar das ditas, dores da alma. É, parece que sem uma alma, podemos mesmo ser mais felizes. Ou não? É em dúvidas como essa que Almas à venda, nos faz refletir.


O filme começa, abordando a extração de almas— com uma naturalidade inacreditável—, isso devido a crise que o ator Paul Giamatti — interpretado pelo próprio— ,vive para interpretar um personagem no teatro, e a fim buscar uma solução para essa crise resolve extrair sua alma.


O filme é uma sátira da realidade, uma grande metáfora,  confesso , difícil de ser interpretada ,mas nós somos difíceis de se compreender, de se julgar, de se interpretar. Já dizia o livro O pequeno Príncipe “Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio”.


O filme aborda, o ser humano, que acha que deixando de carregar  ,suas características, suas experiências felizes, ou não ... Poderá ser feliz, “sendo outra pessoa”, ou não,sendo “um vazio”.


Assim como na vida, no filme é difícil definir uma alma, cada alma é única, já diz o personagem de David Strathairn (Dr. Flintstein). E, como já dizia Steve Jobs, percebemos que as     experiências, que vivemos fazem de nós o que somos.


O roteiro é inteligente, serve para fazer pensar e refletir no que somos, na vida que vivemos, no mundo capitalista, onde tudo é dinheiro.


Uma falha ,e deixar de se aprofundar na história, de alguns dos personagens  russos, que acabam sendo mal aproveitados, caso da atriz russa (interpretada pela belíssima Natalia Zvereva ,que impressiona pela beleza de seus olhos) que queria a alma de Al Pacino, mas por falta de disponibilidade, acaba com a de Paul Giamatti.


Como comédia, o filme não faz rir ,mas sim refletir no valor da Alma, e em quem somos. O filme é de fato um grande drama, que não fez por merecer grandes premiações, mas foi lembrado no SPIRIT AWARDS, com indicações de Melhor Fotografia, Melhor Roteiro de Estreia, e melhor Atriz Coadjuvante para Dina Korzun, que interpreta Nina, a mula que de tanto carregar almas entre a Europa e a América, já começa a se perder,em meio a essas tantas pequenas sombras das almas que já carregou.


O filme é complexo, uma boa opção para refletir sobre quem somos, sobre o mundo em que vivemos, sobre o valor da família, e aquilo que é realmente importante para nós. Além de ser uma ótima opção para os amantes de filmes Cult.