Movie review score
5



Você pode extrair armazenar, e até mesmo vender sua alma. Existe um mercado negro para venda de almas, o chamado tráfico internacional de almas, que vende almas russas, nos Eua, e vice-versa. Tudo para se livrar das ditas, dores da alma. É, parece que sem uma alma, podemos mesmo ser mais felizes. Ou não? É em dúvidas como essa que Almas à venda, nos faz refletir.


O filme começa, abordando a extração de almas— com uma naturalidade inacreditável—, isso devido a crise que o ator Paul Giamatti — interpretado pelo próprio— ,vive para interpretar um personagem no teatro, e a fim buscar uma solução para essa crise resolve extrair sua alma.


O filme é uma sátira da realidade, uma grande metáfora,  confesso , difícil de ser interpretada ,mas nós somos difíceis de se compreender, de se julgar, de se interpretar. Já dizia o livro O pequeno Príncipe “Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio”.


O filme aborda, o ser humano, que acha que deixando de carregar  ,suas características, suas experiências felizes, ou não ... Poderá ser feliz, “sendo outra pessoa”, ou não,sendo “um vazio”.


Assim como na vida, no filme é difícil definir uma alma, cada alma é única, já diz o personagem de David Strathairn (Dr. Flintstein). E, como já dizia Steve Jobs, percebemos que as     experiências, que vivemos fazem de nós o que somos.


O roteiro é inteligente, serve para fazer pensar e refletir no que somos, na vida que vivemos, no mundo capitalista, onde tudo é dinheiro.


Uma falha ,e deixar de se aprofundar na história, de alguns dos personagens  russos, que acabam sendo mal aproveitados, caso da atriz russa (interpretada pela belíssima Natalia Zvereva ,que impressiona pela beleza de seus olhos) que queria a alma de Al Pacino, mas por falta de disponibilidade, acaba com a de Paul Giamatti.


Como comédia, o filme não faz rir ,mas sim refletir no valor da Alma, e em quem somos. O filme é de fato um grande drama, que não fez por merecer grandes premiações, mas foi lembrado no SPIRIT AWARDS, com indicações de Melhor Fotografia, Melhor Roteiro de Estreia, e melhor Atriz Coadjuvante para Dina Korzun, que interpreta Nina, a mula que de tanto carregar almas entre a Europa e a América, já começa a se perder,em meio a essas tantas pequenas sombras das almas que já carregou.


O filme é complexo, uma boa opção para refletir sobre quem somos, sobre o mundo em que vivemos, sobre o valor da família, e aquilo que é realmente importante para nós. Além de ser uma ótima opção para os amantes de filmes Cult.

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