Decepção é a melhor palavra para definir Millennium- Os homens que não amavam as mulheres. A história de forma geral é boa, e bem conduzida pelo diretor David Fincher, que se mostra bem à vontade nas cenas de violência, que incluem desde atos sutis, até os mais extremos, como uma garota com olhar tímido, e um corpo tatuado sofrendo um estupro anal de seu tutor. Tal cena por si só, já bastaria para fazer de Millennium um filme que consegue chocar a plateia, mas a grande ironia desta trama paralela à história principal do filme se dá quando a garota indefesa de olhos tímidos, volta para se vingar de uma forma inusitada, tal como só a Garota com dragão tatuado (tradução literal do titulo original: The Girl With The Dragoon) poderia fazer.

A história gira em torno do personagem de Daniel Craig, que engordou um pouco para ser Mikael Blomkvist, assim o personagem não se transformaria em um James Bond. Mikael, é um jornalista que trabalha para a revista Millennium, e acaba de acusar um poderoso executivo de ter ligações com o tráfico internacional, mas por falta de provas , acaba sendo processado por tal executivo. O personagem de Christopher Plummer —que recentemente ganhou um Globo de Ouro por sua atuação em Toda forma de amor— um executivo adversário, que viu a carreira deste outro, crescer, tem as provas que Mikael precisa, para provar que suas acusações eram verdadeiras, e assim recuperar sua reputação como jornalista investigativo, em troca dessa informação e de uma grande quantia em dinheiro, Henrik Vanger (personagem de Christopher) pede que Mikael investigue o desaparecimento de sua sobrinha.

A direção de arte, é outro ponto forte do filme já que logo no inicio, depois da história em andamento ser jogada no espectador, para aos poucos ser explicada, vemos uma vinheta, digna do austríaco Hanns Donner, que visualmente é incrível, mas que não forma uma dupla muito boa com a música que a acompanha.

As atuações são boas, com destaque para Christopher Plummer, no papel do coadjuvante bilionário, que não gosta de conversar com a família, e Ronney Mara como a garota da tatuagem, que é estuprada e volta para se vingar. Daniel Craig, também está muito bem no papel, e não levou para o personagem características, do seu grande sucesso , James Bond, e assim conseguiu dar vida e características únicas ao emblemático jornalista investigativo.

A grande decepção do filme fica por conta de seu final, já que o filme não termina quando a investigação termina, e segue enrolando por volta de dez ou vinte minutos, com um sentimentalismo que seria melhor caso ficasse subentendido pelo espectador, mas o filme falha ao querer mostrar mais do que devia no final, e destruindo as esperanças do expectador  quanto a um possível romance.

Em uma entrevista a revista Istoé , o diretor David Flinch destacou que pela primeira em muito tempo, Hollywood volta a investir pesado num filme para Adultos , e que não é focado exclusivamente no público americano. Prova disso é que em sua primeira semana em cartaz nos EUA o filme arrecadou apenas US$ 13 milhões, e sua produção teve um custo de US$ 100 milhões.

O maior detetive das histórias policiais já foi interpretado por vários atores e adaptado de diferentes formas nas telas do cinema. Guy Ritchie (“Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”) em 2010 (estreia no Brasil) nos surpreendeu investindo num típico longa metragem de ação (lutas, perseguições, perseguições e afins) e na veia cômica de Robert Downey Jr. (“Homem de Ferro”). Pena que “Sherlock Holmes 2- O Jogo das Sombras” tropece justamente em alguns dos elementos que tornaram o primeiro filme tão bacana.

Acompanhamos o enredo no qual a morte do príncipe herdeiro da Áustria, aparentemente um suicídio, é vista por Holmes como uma peça de um quebra-cabeça maior arquitetado pelo professor James Moriarty com a expectativa de assistirmos a um bom suspense. Porém, nos deparamos com um tom espalhafatoso demais: cenas de ação em alta voltagem parecendo a trilogia Bourne e um humor gratuito e muitas vezes desnecessário ao estilo de comédias hollywoodianas de gosto duvidoso que aparecem aos milhões todo o ano. Fica a sensação de que se tivéssemos a mesma atmosfera de thriller do Missão Impossível de Brian de Palma, a trama e os personagens seriam mais bem desenvolvidos.

Logo a trama tão promissora por envolver o grande vilão James Moriarty, no fim das contas mostra buracos e falhas. O início do filme retrata um conjunto de atentados para começar a apresentar o plano de Moriarty, mas depois interrompe essa exposição para fazer rir e elevar a adrenalina nas passagens da despedida de solteiro e casamento de Watson e do trem. Quando voltamos aos objetivos do vilão, vemos um dos melhores momentos da obra, a explosão de um prédio em Paris, e mais a frente, uma conclusão que poderia melhorar a produção pela inteligência cair na falta de imaginação já vista nas 2 horas anteriores.

Agora vamos aos pobres coitados dos personagens. Sherlock Holmes vivido por Downey Jr. repete os trejeitos de Homem de Ferro, abusa de um humor físico e tolo e aparenta ser inteligente apenas para prever os movimentos de seu adversário numa briga; Watson vivido por Jude Law (“Closer-Perto Demais”) vira um acessório para a comédia de Holmes; Mycroft Holmes vivido por Stephen Fry (“V de Vingança”), em poucos instantes, faz bonito; a cigana Simza vivida por Noomi Rapace (o sueco “Os Homens que não amavam as mulheres”) parece perdida e sem função em diversos instantes; e James Moriarty vivido por Jared Harris (“O Curioso Caso de Benjamin Button”) ocasionalmente se destaca mesmo com poucas chances para brilhar: a cena do restaurante, da explosão em Paris e do jogo de xadrez no fim da obra.

Tecnicamente, Sherlock Holmes é muito eficiente. Design de produção, maquiagem e figurinos estão sob medida e a trilha sonora de Hans Zimmer, mais uma vez, é inspirada. O problema maior fica a cargo da direção de Guy Ritchie. Ele parece sofrer de um sério vício e de Mal de Alzhmeir: é obcecado pelo slow motion e parece esquecer a todo o momento que já usou sua técnica favorita e, por isso, precisa colocá-la a cada 10 minutos.

Passadas pouco mais de 2 horas, saí do cinema esperando um Sherlock Holmes 3 (sim, já está confirmado) menos over, menos exagerado e capaz de trazer algo novo além da ação desenfreada e do humor forçado.

Ygor Pires (@YgorPiresMontei)
Spielberg nesse primeiro trimestre do calendário brasileiro de estreias, nos honrou com duas grandes estreias. Uma delas, embora não seja uma unanimidade, tem grande apelo com á critica,Cavalo de guerra, e As aventuras de Tintim que parece estar focado em fazer as bilheterias, que o primeiro filme lançado por aqui não conseguiu fazer.

O filme é uma obra é maravilhosa e concorre no Globo de ouro na categoria de Melhor Animação. O longa narra a história do já famoso jornalista Tintim, conhecido pelas tiras de Hergé. Nessa aventura Tintim compra, em uma feira uma miniatura do famoso navio Licorn, e logo percebe que um grande mistério está por trás da peça. Tintim se lança na aventura,de descobrir todos segredos por traz daquele navio misterioso.

O filme é uma espécie de Indiana Jones, animado — com atores reais, uma das características mais interessantes da produção. Cada personagem humano do filme, foi interpretado por um ator humano, que teve seus movimentos e expressões faciais captados por centenas de Câmeras, para depois ser traduzidos e frames digitais.

Assim como seu similar mais velho o filme tem tudo para virar uma série, dependendo apenas da bilheteria. Já tendo até mesmo diretores, para os próximos filmes, entre eles Peter Jackson, e James Cameron, que dirigiram o segundo e o terceiro filme respectivamente.

O filme é uma daquelas animações, que não tem o público infantil como seu principal alvo— afinal dificilmente veríamos em um desenho infantil , personagens usando armas de fogo— embora deva agrada-lo também.

Ao longo do filme, vemos um roteiro que se esforça ao máximo para arrancar risadas espectador nos momentos mais inusitados. Com personagens que certamente, terão grande apelo com o público adulto, como um capitão bêbado, que viu sua tripulação se voltar se voltar contra si, enquanto tenta se lembrar das histórias contadas por seu avô a muito tempo.

Por ser uma animação,  uma história de piratas, uma aventura...O apelo ao público infanto-juvenil é obvio, mas é um filme engraçado e cabeça, para adultos.

O 3D e o Imax , são de grande importância no filme, principalmente pelo 3D, que tem com o IMAX o casamento perfeito, apesar de ainda ser uma tecnologia difícil de se encontrar nos cinemas pelo Brasil, e por isso o  preço do ingresso é inflacionado. Mas se pode ver o melhor do filme apenas com 3D, e de melhor quero dizer , cachorros, navios, aviões, e moedas de ouro saltando da tela.  Em algumas cenas, fica óbvio que as tais tem como objetivo explorar a tecnologia, mais é difícil pensar em algum diretor que fizesse isso melhor que o próprio Steven Speielberg.

Conclusão: O filme é muito bom, uma aventura na história, e é uma ótima opção até mesmo para os mais novos que não conhecem a obra de Hergé, mas que com certeza irão procurar mais sobre ela , quando saírem dos cinemas.

E o filme é muito rico, e bonito quando se trata de efeitos visuais, e seu roteiro não decepciona. Quanto as atuações é difícil saber, o tamanho da influência, que os efeitos gráficos ganham, mas em geral são bem convincentes. Vale lembrar que os atores da produção, tem alegado em pequenos making offs exibidos na tv por assinatura, que atuar em produções assim é até mais difícil, já que não contam com uma caracterização.

No Brasil o filme chega às telas no dia 20 de janeiro.

Rango foi uma grata surpresa de 2011. Surpresa porque ninguém era capaz de esperar muita coisa da primeira incursão do diretor Gore Verbinski (os três primeiros “Piratas do Caribe” e da empresa de George Lucas (“Star Wars”), a Industrial Light & Magic, no mundo das animações. Porém, a história de um camaleão com crise de identidade, que vai parar numa cidade de velho-oeste cheio de bandidos e se questiona se deve ou não ser um herói deu certo. E como deu!

Começando pelo tema, este filme se diferencia de outros tantos do mesmo gênero. Lembrando obras da Pixar em seus melhores momentos, esta produção construiu uma trama complexa que discute questões existenciais com grande riqueza simbólica: apenas adaptar-se ao meio a sua volta ou assumir um papel de protagonista no mundo; tudo isso brincando com a capacidade do camaleão de se camuflar no ambiente. E esse conteúdo forte e instigante apresentado de forma a não desconsiderar a diversão.

E essa diversão surpreende todas as platéias possíveis ao combinar um grandioso estudo de personagem com cenas de ação desenfreadas e som poderosíssimo. Além disso, torna-se único por falar mais com o público adulto do que o infantil. Suas piadas são de um alcance maior para adolescentes em diante e suas inúmeras referências ao universo de filmes western (fisionomia de personagens, situações, espaços...) podem passar despercebidas a muitos olhos.

Quanto aos aspectos técnicos, também assistimos a um show na tela grande. Temos o maestro Hans Zimmer compondo uma trilha sonora de inigualável homenagem a Ennio Morricone e aos faroestes e um visual belíssimo, tanto na concepção de personagens longe de serem esteticamente bonitos, mas precisas na revelação de suas personalidades, como também no design artístico do velho-oeste (duelos no meio da rua, bares hostis...).

Rango deve, com certeza, aparecer no Oscar 2012. Podemos vê-lo concorrendo às categorias de Animação, Roteiro Original e Trilha Sonora. Quem sabe o veremos em várias outras. Quem sabe veremos um certo camaleão carregando debaixo do braço algumas estatuetas.

Ygor Pires (@YgorPiresMontei)
Confesso que me surpreendi com “Era uma vez” (2008) de Breno Silveira. O filme é maravilhoso, com sua trama, que conta com uma Romeu e uma Juelieta carioca. A história é, conhecida e pouco inovadora ,mas o filme consegue ser de uma beleza inacreditável no cinema nacional — que tanto amo, e apoio, e a cada ano vem crescendo em qualidade .

Talvez a única inovação no filme seja mesmo o irmão do personagem principal, que evolui e cresce no filme de uma forma assustadora, para no final nos surpreender definitivamente. E ainda mais inacreditável é o posicionamento que Dé, personagem principal, tomará frente as atitudes do irmão, e como ele reagirá após atitude tomada pelo irmão mais novo , sem em nenhum momento se esquecer da relação de irmão que existe entre eles, nessa cena que considero o segundo clímax do filme. Spoiler (PARA LER SELECIONE O TEXTO) ( quando o personagem principal descobre que foi seu irmão quem sequestrou sua namorada,Nina — Vitória Frate— e o mata).

A trama também é gênial, ao mostrar a ascensão de dois chefes ao tráfico, um deles mal e outro “bom”, que agrada a toda comunidade do morro do Cantagalo, onde a história se passa.

E como todo bom filme carioca, a paisagem é incrível, afinal trata-se da cidade Maravilhosa.

Talvez o único ponto em que filme deixe a deseja r, é quando se fala na atuação de Thiago Martins , no papel de Dé. Ao longo de toda a trama, quando se trata de um momento em que personagem deve estar acuado, com medo, o ator é genial, mas nas poucas cenas em que se exige do ator um pouco mais de personalidade, e atitude, isso não acontece.

No geral o filme é muito bem dirigido, com uma história bem escrita. E o melhor de todo o filme, é com certeza a sua cena final, quando numa visão aérea do que aconteceu na orla da Praia, vemos um coração ser formado pela multidão.

Volver, é incrível, e é uma grande obra de Pedro Almodóvar. Para quem viu e gostou e gostou do recente A pele que habito, vale pesquisar mais sobre a obra deste grande diretor espanhol que consegue fazer filmes incríveis, trabalhando a cultura de seu País.

Em Volver(2006), vemos Almodóvar trabalhar brilhantemente vários temas, aproveitando o máximo de cada um deles. Temos a história da filha, que mata o “pai”, para se defender, da mãe que retorna do mundo dos mortos, de uma mulher com câncer que procura sua mãe, desaparecida. No final todas as tramas irão convergir brilhantemente, em uma narrativa suave e inigualável.

Penélope Cruz, esbanja beleza e talento nesta produção. Penélope aparece no papel de Raimunda, a personagem central da trama que irá ajudar sua filha a se livrar do corpo do pai, o qual sua filha matou quando tentou abusar sexualmente dela. Numa família onde em meio a tias e irmãs Penélope é a mais bela, ela obviamente ganha destaque, e ao longo de toda a projeção, nenhuma outra atriz de beleza igual ou parecida aparece. O busto da atriz também é valorizado em várias cenas do filme, a principal delas é a cena em que a personagem aparece lavando louças no restaurante.

São geniais as viradas que o roteiro vai aos poucos sofrendo, e como essas viradas não ganham uma trilha sonora diferenciada.  Como na cena em que descobrimos sobre a paternidade de Paula (Yohana Cobo).

Ao final do filme tive a mesma impressão, que tive em A pele que habito, o filme não deixa ponto sem nó, toda a história é muito bem explicada. E apesar de alguns clássicos, ganharem esse titulo deixando dúvidas no expectador — como Barton Fink —, ainda prefiro que tudo seja muito bem explicado e ganhe sentido no final, e nessa tarefa Almodóvar, se mostra experiente.

O filme é diferente de tudo que já vi começando por sua trama, que narra à história de uma cidade do interior do Amazonas, onde uma menina morta fala com o personagem de Daniel de Oliveira. Na trama Daniel vive santinho um personagem estranho - e até mal construído, já que não fica claro porque o personagem é considerado santo — se existe outro motivo, além deste conversar com a menina morta, já que o filme também insinua que tal posto poderia ser hereditário. O personagem ainda vive uma estranha relação homossexual com seu pai, vivido por Jackson Antunes.



Ao final da trama da trama, varias questões acabam não resolvidas, como a homossexualidade do personagem, não se esclarece o que é insinuado — que a homossexualidade do personagem poderia ter alguma relação com sua posição.



O filme assume essa pegada religiosa, e de certa forma brinca com a Fé das pessoas, que acreditam fielmente que Santinho, um ser humano instável tem poderes curativos e mediúnicos. E embora assuma características de filmes kardecistas, faz péssimo uso de tais características, numa história, estranha confusa, e mal contada.



O filme é salvo apenas pelas atuações, que em geral são muito boas. E Daniel de Oliveira dá um show na pele de Santinho. Assim como Dira Paes, na pele da coadjuvante Diana.



Outro aspecto positivo do filme,é nos proporcionar conhecer um pouco mais sobre a vida dos nortistas, e da população indígena. Além de nos proporcionar o prazer de apreciar as belas paisagens, do amazonas.



Conclusão: Em termos de história, o filme é fraco, a história parece inacabada, com um roteiro que deixa margem a muitas dúvidas. Quanto à menina morta, sua história é pouco explorada, e seu nome é mencionado no máximo uma ou duas vezes ao longo de toda a projeção.

A Pixar nos acostumou mal, muito mal. Depois de produzir clássicos recentes da animação, como a trilogia Toy Story e Wall-E, derrapou pela primeira vez com Carros 2. Neste filme, Relâmpago McQueen viaja pelo mundo disputando o título de carro mais veloz do mundo no World Grand Prix; enquanto isso, seu amigo, o guincho Mate, envolve-se numa aventura de espionagem internacional.

A trama em si já se revela um erro desde a formulação da ideia. O tom misterioso de conspiração não combina com o belo universo criado pelo primeiro filme e o fato de tornar Mate o protagonista força o aumento do número de piadas, muitas delas pouco inspiradas. No fim das contas, a Pixar criou uma obra voltada apenas para o público infantil, perdendo a sua essência de contemplar variados públicos, inclusive o adulto.

O desenrolar do tema também falha ao construir conflitos dramáticos superficiais e clichês, dentro da fórmula hollywoodiana batida de “homem tem, homem perde e homem recupera”. E por fim, até mesmo a mensagem moral, algo que vinha sendo a especialidade da empresa, é equivocada e surpreende negativamente o tratamento dado à questão ambiental e a sua ligação à história.

Porém, nem tudo é ruim. O design de produção é espetacular na concepção refinada do grafismo e da personalidade dos personagens e no contraste entre os ambientes das corridas (colorido e iluminado) e da espionagem (escuro e fechado). Igualmente elogiável é a montagem das cenas de ação, frenéticas e empolgantes.

Carros 2 pode figurar no Oscar entre as melhores animações. Sua indicação, longe de ser merecida, caso se realize será muito em função da marca Pixar.

Ygor Pires
O filme é uma daquelas pérolas, que poderiam ser melhor, mas agradam assim como são. Pode não ser o melhor personagem de Will Smith, mas com certeza é um personagem único e humano, com características, que somente poderiam caber a si.

A trama nos conduz na história de Hancock, um herói bêbado, e que não acerta em nada, faz os bandidos terem medo de si, porém conquista o ódio da população. Uma espécie de paradoxo já que não é possível agradar a todos sem ser perfeito, e o personagem, junto a Ray (Jason Bateman), se lança numa busca pela perfeição, quando tentara conseguir o amor da população.

Um dos ápices do filme é a virada de roteiro que o filme sofre no que pode ser considerada a metade da produção. E a trama consegue mesmo surpreender o espectador, ainda que lentamente, e com uma explicação que vai se dando junto a esta virada de roteiro.

Quanto às atuações, não tem nada de especial, nem o próprio Will Smith, tem um atuação tão especial como a de Sete vidas, ou A procura da felicidade.

Em geral o filme é agradável, embora seja apenas mais um blockbuster hollywoodiano, com foco nos efeitos especiais empregados nas explosões. Mas a trama de um super-herói que foge aos estereótipos , acaba sendo tão ruim, que fica boa.

Conclusão: O filme é agradável, vale uma conferida pelas explosões e pelas risadas que Will,na pele de Hancock, arranca do espectador. Os demais personagens não são muito bem construídos, e alguns poderiam ter sido melhor aproveitados, como próprio Ray.

O filme , que foi lançado em 2008, somente nos EUA arrecadou US$ 227 Milhões, e no restante  do mundo US$ 396 Milhões ,totalizando mais de US$ 600 Milhões , comprovando a harmonia que existe entre Will Smith e as bilheterias mundiais.