Decepção é a melhor palavra para definir Millennium- Os homens que não amavam as mulheres. A história de forma geral é boa, e bem conduzida pelo diretor David Fincher, que se mostra bem à vontade nas cenas de violência, que incluem desde atos sutis, até os mais extremos, como uma garota com olhar tímido, e um corpo tatuado sofrendo um estupro anal de seu tutor. Tal cena por si só, já bastaria para fazer de Millennium um filme que consegue chocar a plateia, mas a grande ironia desta trama paralela à história principal do filme se dá quando a garota indefesa de olhos tímidos, volta para se vingar de uma forma inusitada, tal como só a Garota com dragão tatuado (tradução literal do titulo original: The Girl With The Dragoon) poderia fazer.

A história gira em torno do personagem de Daniel Craig, que engordou um pouco para ser Mikael Blomkvist, assim o personagem não se transformaria em um James Bond. Mikael, é um jornalista que trabalha para a revista Millennium, e acaba de acusar um poderoso executivo de ter ligações com o tráfico internacional, mas por falta de provas , acaba sendo processado por tal executivo. O personagem de Christopher Plummer —que recentemente ganhou um Globo de Ouro por sua atuação em Toda forma de amor— um executivo adversário, que viu a carreira deste outro, crescer, tem as provas que Mikael precisa, para provar que suas acusações eram verdadeiras, e assim recuperar sua reputação como jornalista investigativo, em troca dessa informação e de uma grande quantia em dinheiro, Henrik Vanger (personagem de Christopher) pede que Mikael investigue o desaparecimento de sua sobrinha.

A direção de arte, é outro ponto forte do filme já que logo no inicio, depois da história em andamento ser jogada no espectador, para aos poucos ser explicada, vemos uma vinheta, digna do austríaco Hanns Donner, que visualmente é incrível, mas que não forma uma dupla muito boa com a música que a acompanha.

As atuações são boas, com destaque para Christopher Plummer, no papel do coadjuvante bilionário, que não gosta de conversar com a família, e Ronney Mara como a garota da tatuagem, que é estuprada e volta para se vingar. Daniel Craig, também está muito bem no papel, e não levou para o personagem características, do seu grande sucesso , James Bond, e assim conseguiu dar vida e características únicas ao emblemático jornalista investigativo.

A grande decepção do filme fica por conta de seu final, já que o filme não termina quando a investigação termina, e segue enrolando por volta de dez ou vinte minutos, com um sentimentalismo que seria melhor caso ficasse subentendido pelo espectador, mas o filme falha ao querer mostrar mais do que devia no final, e destruindo as esperanças do expectador  quanto a um possível romance.

Em uma entrevista a revista Istoé , o diretor David Flinch destacou que pela primeira em muito tempo, Hollywood volta a investir pesado num filme para Adultos , e que não é focado exclusivamente no público americano. Prova disso é que em sua primeira semana em cartaz nos EUA o filme arrecadou apenas US$ 13 milhões, e sua produção teve um custo de US$ 100 milhões.

O maior detetive das histórias policiais já foi interpretado por vários atores e adaptado de diferentes formas nas telas do cinema. Guy Ritchie (“Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes”) em 2010 (estreia no Brasil) nos surpreendeu investindo num típico longa metragem de ação (lutas, perseguições, perseguições e afins) e na veia cômica de Robert Downey Jr. (“Homem de Ferro”). Pena que “Sherlock Holmes 2- O Jogo das Sombras” tropece justamente em alguns dos elementos que tornaram o primeiro filme tão bacana.

Acompanhamos o enredo no qual a morte do príncipe herdeiro da Áustria, aparentemente um suicídio, é vista por Holmes como uma peça de um quebra-cabeça maior arquitetado pelo professor James Moriarty com a expectativa de assistirmos a um bom suspense. Porém, nos deparamos com um tom espalhafatoso demais: cenas de ação em alta voltagem parecendo a trilogia Bourne e um humor gratuito e muitas vezes desnecessário ao estilo de comédias hollywoodianas de gosto duvidoso que aparecem aos milhões todo o ano. Fica a sensação de que se tivéssemos a mesma atmosfera de thriller do Missão Impossível de Brian de Palma, a trama e os personagens seriam mais bem desenvolvidos.

Logo a trama tão promissora por envolver o grande vilão James Moriarty, no fim das contas mostra buracos e falhas. O início do filme retrata um conjunto de atentados para começar a apresentar o plano de Moriarty, mas depois interrompe essa exposição para fazer rir e elevar a adrenalina nas passagens da despedida de solteiro e casamento de Watson e do trem. Quando voltamos aos objetivos do vilão, vemos um dos melhores momentos da obra, a explosão de um prédio em Paris, e mais a frente, uma conclusão que poderia melhorar a produção pela inteligência cair na falta de imaginação já vista nas 2 horas anteriores.

Agora vamos aos pobres coitados dos personagens. Sherlock Holmes vivido por Downey Jr. repete os trejeitos de Homem de Ferro, abusa de um humor físico e tolo e aparenta ser inteligente apenas para prever os movimentos de seu adversário numa briga; Watson vivido por Jude Law (“Closer-Perto Demais”) vira um acessório para a comédia de Holmes; Mycroft Holmes vivido por Stephen Fry (“V de Vingança”), em poucos instantes, faz bonito; a cigana Simza vivida por Noomi Rapace (o sueco “Os Homens que não amavam as mulheres”) parece perdida e sem função em diversos instantes; e James Moriarty vivido por Jared Harris (“O Curioso Caso de Benjamin Button”) ocasionalmente se destaca mesmo com poucas chances para brilhar: a cena do restaurante, da explosão em Paris e do jogo de xadrez no fim da obra.

Tecnicamente, Sherlock Holmes é muito eficiente. Design de produção, maquiagem e figurinos estão sob medida e a trilha sonora de Hans Zimmer, mais uma vez, é inspirada. O problema maior fica a cargo da direção de Guy Ritchie. Ele parece sofrer de um sério vício e de Mal de Alzhmeir: é obcecado pelo slow motion e parece esquecer a todo o momento que já usou sua técnica favorita e, por isso, precisa colocá-la a cada 10 minutos.

Passadas pouco mais de 2 horas, saí do cinema esperando um Sherlock Holmes 3 (sim, já está confirmado) menos over, menos exagerado e capaz de trazer algo novo além da ação desenfreada e do humor forçado.

Ygor Pires (@YgorPiresMontei)
Spielberg nesse primeiro trimestre do calendário brasileiro de estreias, nos honrou com duas grandes estreias. Uma delas, embora não seja uma unanimidade, tem grande apelo com á critica,Cavalo de guerra, e As aventuras de Tintim que parece estar focado em fazer as bilheterias, que o primeiro filme lançado por aqui não conseguiu fazer.

O filme é uma obra é maravilhosa e concorre no Globo de ouro na categoria de Melhor Animação. O longa narra a história do já famoso jornalista Tintim, conhecido pelas tiras de Hergé. Nessa aventura Tintim compra, em uma feira uma miniatura do famoso navio Licorn, e logo percebe que um grande mistério está por trás da peça. Tintim se lança na aventura,de descobrir todos segredos por traz daquele navio misterioso.

O filme é uma espécie de Indiana Jones, animado — com atores reais, uma das características mais interessantes da produção. Cada personagem humano do filme, foi interpretado por um ator humano, que teve seus movimentos e expressões faciais captados por centenas de Câmeras, para depois ser traduzidos e frames digitais.

Assim como seu similar mais velho o filme tem tudo para virar uma série, dependendo apenas da bilheteria. Já tendo até mesmo diretores, para os próximos filmes, entre eles Peter Jackson, e James Cameron, que dirigiram o segundo e o terceiro filme respectivamente.

O filme é uma daquelas animações, que não tem o público infantil como seu principal alvo— afinal dificilmente veríamos em um desenho infantil , personagens usando armas de fogo— embora deva agrada-lo também.

Ao longo do filme, vemos um roteiro que se esforça ao máximo para arrancar risadas espectador nos momentos mais inusitados. Com personagens que certamente, terão grande apelo com o público adulto, como um capitão bêbado, que viu sua tripulação se voltar se voltar contra si, enquanto tenta se lembrar das histórias contadas por seu avô a muito tempo.

Por ser uma animação,  uma história de piratas, uma aventura...O apelo ao público infanto-juvenil é obvio, mas é um filme engraçado e cabeça, para adultos.

O 3D e o Imax , são de grande importância no filme, principalmente pelo 3D, que tem com o IMAX o casamento perfeito, apesar de ainda ser uma tecnologia difícil de se encontrar nos cinemas pelo Brasil, e por isso o  preço do ingresso é inflacionado. Mas se pode ver o melhor do filme apenas com 3D, e de melhor quero dizer , cachorros, navios, aviões, e moedas de ouro saltando da tela.  Em algumas cenas, fica óbvio que as tais tem como objetivo explorar a tecnologia, mais é difícil pensar em algum diretor que fizesse isso melhor que o próprio Steven Speielberg.

Conclusão: O filme é muito bom, uma aventura na história, e é uma ótima opção até mesmo para os mais novos que não conhecem a obra de Hergé, mas que com certeza irão procurar mais sobre ela , quando saírem dos cinemas.

E o filme é muito rico, e bonito quando se trata de efeitos visuais, e seu roteiro não decepciona. Quanto as atuações é difícil saber, o tamanho da influência, que os efeitos gráficos ganham, mas em geral são bem convincentes. Vale lembrar que os atores da produção, tem alegado em pequenos making offs exibidos na tv por assinatura, que atuar em produções assim é até mais difícil, já que não contam com uma caracterização.

No Brasil o filme chega às telas no dia 20 de janeiro.

Rango foi uma grata surpresa de 2011. Surpresa porque ninguém era capaz de esperar muita coisa da primeira incursão do diretor Gore Verbinski (os três primeiros “Piratas do Caribe” e da empresa de George Lucas (“Star Wars”), a Industrial Light & Magic, no mundo das animações. Porém, a história de um camaleão com crise de identidade, que vai parar numa cidade de velho-oeste cheio de bandidos e se questiona se deve ou não ser um herói deu certo. E como deu!

Começando pelo tema, este filme se diferencia de outros tantos do mesmo gênero. Lembrando obras da Pixar em seus melhores momentos, esta produção construiu uma trama complexa que discute questões existenciais com grande riqueza simbólica: apenas adaptar-se ao meio a sua volta ou assumir um papel de protagonista no mundo; tudo isso brincando com a capacidade do camaleão de se camuflar no ambiente. E esse conteúdo forte e instigante apresentado de forma a não desconsiderar a diversão.

E essa diversão surpreende todas as platéias possíveis ao combinar um grandioso estudo de personagem com cenas de ação desenfreadas e som poderosíssimo. Além disso, torna-se único por falar mais com o público adulto do que o infantil. Suas piadas são de um alcance maior para adolescentes em diante e suas inúmeras referências ao universo de filmes western (fisionomia de personagens, situações, espaços...) podem passar despercebidas a muitos olhos.

Quanto aos aspectos técnicos, também assistimos a um show na tela grande. Temos o maestro Hans Zimmer compondo uma trilha sonora de inigualável homenagem a Ennio Morricone e aos faroestes e um visual belíssimo, tanto na concepção de personagens longe de serem esteticamente bonitos, mas precisas na revelação de suas personalidades, como também no design artístico do velho-oeste (duelos no meio da rua, bares hostis...).

Rango deve, com certeza, aparecer no Oscar 2012. Podemos vê-lo concorrendo às categorias de Animação, Roteiro Original e Trilha Sonora. Quem sabe o veremos em várias outras. Quem sabe veremos um certo camaleão carregando debaixo do braço algumas estatuetas.

Ygor Pires (@YgorPiresMontei)
Confesso que me surpreendi com “Era uma vez” (2008) de Breno Silveira. O filme é maravilhoso, com sua trama, que conta com uma Romeu e uma Juelieta carioca. A história é, conhecida e pouco inovadora ,mas o filme consegue ser de uma beleza inacreditável no cinema nacional — que tanto amo, e apoio, e a cada ano vem crescendo em qualidade .

Talvez a única inovação no filme seja mesmo o irmão do personagem principal, que evolui e cresce no filme de uma forma assustadora, para no final nos surpreender definitivamente. E ainda mais inacreditável é o posicionamento que Dé, personagem principal, tomará frente as atitudes do irmão, e como ele reagirá após atitude tomada pelo irmão mais novo , sem em nenhum momento se esquecer da relação de irmão que existe entre eles, nessa cena que considero o segundo clímax do filme. Spoiler (PARA LER SELECIONE O TEXTO) ( quando o personagem principal descobre que foi seu irmão quem sequestrou sua namorada,Nina — Vitória Frate— e o mata).

A trama também é gênial, ao mostrar a ascensão de dois chefes ao tráfico, um deles mal e outro “bom”, que agrada a toda comunidade do morro do Cantagalo, onde a história se passa.

E como todo bom filme carioca, a paisagem é incrível, afinal trata-se da cidade Maravilhosa.

Talvez o único ponto em que filme deixe a deseja r, é quando se fala na atuação de Thiago Martins , no papel de Dé. Ao longo de toda a trama, quando se trata de um momento em que personagem deve estar acuado, com medo, o ator é genial, mas nas poucas cenas em que se exige do ator um pouco mais de personalidade, e atitude, isso não acontece.

No geral o filme é muito bem dirigido, com uma história bem escrita. E o melhor de todo o filme, é com certeza a sua cena final, quando numa visão aérea do que aconteceu na orla da Praia, vemos um coração ser formado pela multidão.

Volver, é incrível, e é uma grande obra de Pedro Almodóvar. Para quem viu e gostou e gostou do recente A pele que habito, vale pesquisar mais sobre a obra deste grande diretor espanhol que consegue fazer filmes incríveis, trabalhando a cultura de seu País.

Em Volver(2006), vemos Almodóvar trabalhar brilhantemente vários temas, aproveitando o máximo de cada um deles. Temos a história da filha, que mata o “pai”, para se defender, da mãe que retorna do mundo dos mortos, de uma mulher com câncer que procura sua mãe, desaparecida. No final todas as tramas irão convergir brilhantemente, em uma narrativa suave e inigualável.

Penélope Cruz, esbanja beleza e talento nesta produção. Penélope aparece no papel de Raimunda, a personagem central da trama que irá ajudar sua filha a se livrar do corpo do pai, o qual sua filha matou quando tentou abusar sexualmente dela. Numa família onde em meio a tias e irmãs Penélope é a mais bela, ela obviamente ganha destaque, e ao longo de toda a projeção, nenhuma outra atriz de beleza igual ou parecida aparece. O busto da atriz também é valorizado em várias cenas do filme, a principal delas é a cena em que a personagem aparece lavando louças no restaurante.

São geniais as viradas que o roteiro vai aos poucos sofrendo, e como essas viradas não ganham uma trilha sonora diferenciada.  Como na cena em que descobrimos sobre a paternidade de Paula (Yohana Cobo).

Ao final do filme tive a mesma impressão, que tive em A pele que habito, o filme não deixa ponto sem nó, toda a história é muito bem explicada. E apesar de alguns clássicos, ganharem esse titulo deixando dúvidas no expectador — como Barton Fink —, ainda prefiro que tudo seja muito bem explicado e ganhe sentido no final, e nessa tarefa Almodóvar, se mostra experiente.

O filme é diferente de tudo que já vi começando por sua trama, que narra à história de uma cidade do interior do Amazonas, onde uma menina morta fala com o personagem de Daniel de Oliveira. Na trama Daniel vive santinho um personagem estranho - e até mal construído, já que não fica claro porque o personagem é considerado santo — se existe outro motivo, além deste conversar com a menina morta, já que o filme também insinua que tal posto poderia ser hereditário. O personagem ainda vive uma estranha relação homossexual com seu pai, vivido por Jackson Antunes.



Ao final da trama da trama, varias questões acabam não resolvidas, como a homossexualidade do personagem, não se esclarece o que é insinuado — que a homossexualidade do personagem poderia ter alguma relação com sua posição.



O filme assume essa pegada religiosa, e de certa forma brinca com a Fé das pessoas, que acreditam fielmente que Santinho, um ser humano instável tem poderes curativos e mediúnicos. E embora assuma características de filmes kardecistas, faz péssimo uso de tais características, numa história, estranha confusa, e mal contada.



O filme é salvo apenas pelas atuações, que em geral são muito boas. E Daniel de Oliveira dá um show na pele de Santinho. Assim como Dira Paes, na pele da coadjuvante Diana.



Outro aspecto positivo do filme,é nos proporcionar conhecer um pouco mais sobre a vida dos nortistas, e da população indígena. Além de nos proporcionar o prazer de apreciar as belas paisagens, do amazonas.



Conclusão: Em termos de história, o filme é fraco, a história parece inacabada, com um roteiro que deixa margem a muitas dúvidas. Quanto à menina morta, sua história é pouco explorada, e seu nome é mencionado no máximo uma ou duas vezes ao longo de toda a projeção.

A Pixar nos acostumou mal, muito mal. Depois de produzir clássicos recentes da animação, como a trilogia Toy Story e Wall-E, derrapou pela primeira vez com Carros 2. Neste filme, Relâmpago McQueen viaja pelo mundo disputando o título de carro mais veloz do mundo no World Grand Prix; enquanto isso, seu amigo, o guincho Mate, envolve-se numa aventura de espionagem internacional.

A trama em si já se revela um erro desde a formulação da ideia. O tom misterioso de conspiração não combina com o belo universo criado pelo primeiro filme e o fato de tornar Mate o protagonista força o aumento do número de piadas, muitas delas pouco inspiradas. No fim das contas, a Pixar criou uma obra voltada apenas para o público infantil, perdendo a sua essência de contemplar variados públicos, inclusive o adulto.

O desenrolar do tema também falha ao construir conflitos dramáticos superficiais e clichês, dentro da fórmula hollywoodiana batida de “homem tem, homem perde e homem recupera”. E por fim, até mesmo a mensagem moral, algo que vinha sendo a especialidade da empresa, é equivocada e surpreende negativamente o tratamento dado à questão ambiental e a sua ligação à história.

Porém, nem tudo é ruim. O design de produção é espetacular na concepção refinada do grafismo e da personalidade dos personagens e no contraste entre os ambientes das corridas (colorido e iluminado) e da espionagem (escuro e fechado). Igualmente elogiável é a montagem das cenas de ação, frenéticas e empolgantes.

Carros 2 pode figurar no Oscar entre as melhores animações. Sua indicação, longe de ser merecida, caso se realize será muito em função da marca Pixar.

Ygor Pires
O filme é uma daquelas pérolas, que poderiam ser melhor, mas agradam assim como são. Pode não ser o melhor personagem de Will Smith, mas com certeza é um personagem único e humano, com características, que somente poderiam caber a si.

A trama nos conduz na história de Hancock, um herói bêbado, e que não acerta em nada, faz os bandidos terem medo de si, porém conquista o ódio da população. Uma espécie de paradoxo já que não é possível agradar a todos sem ser perfeito, e o personagem, junto a Ray (Jason Bateman), se lança numa busca pela perfeição, quando tentara conseguir o amor da população.

Um dos ápices do filme é a virada de roteiro que o filme sofre no que pode ser considerada a metade da produção. E a trama consegue mesmo surpreender o espectador, ainda que lentamente, e com uma explicação que vai se dando junto a esta virada de roteiro.

Quanto às atuações, não tem nada de especial, nem o próprio Will Smith, tem um atuação tão especial como a de Sete vidas, ou A procura da felicidade.

Em geral o filme é agradável, embora seja apenas mais um blockbuster hollywoodiano, com foco nos efeitos especiais empregados nas explosões. Mas a trama de um super-herói que foge aos estereótipos , acaba sendo tão ruim, que fica boa.

Conclusão: O filme é agradável, vale uma conferida pelas explosões e pelas risadas que Will,na pele de Hancock, arranca do espectador. Os demais personagens não são muito bem construídos, e alguns poderiam ter sido melhor aproveitados, como próprio Ray.

O filme , que foi lançado em 2008, somente nos EUA arrecadou US$ 227 Milhões, e no restante  do mundo US$ 396 Milhões ,totalizando mais de US$ 600 Milhões , comprovando a harmonia que existe entre Will Smith e as bilheterias mundiais.

Se você espera um filme épico sobre a relação entre deuses gregos, humanos e titãs, é melhor baixar suas expectativas. Apesar do visual fantástico, e da assisnatura do diretor indiano Tarsem Singh, "Imortais" tem um roteirto chato, uma história que passa distante da mitologia grega clássica, e atuações salvas apenas pelo astro Mickey Rourke (Os Mercenários), interpretando o rei Hipérion. Sedento por vingança contra os deuses, que permitiram a morte de sua família, Hiérion parte com seu exército destruindo as vilas gregas (completamente surreais, ou melhor, irreais) em busca do Arco Épiro, capaz de lbertar os Titãs da prisão do Monte Tártaro e iniciarem uma guerra contra o Olimpo.


Teseu (Henry Cavill -  Superman - O Homem de Aço) é um aldeão grego, mas com um espírito de soldado americano do século XXI. Em busca da vingança pelo assassinato de sua mãe, e da 'liberdade' de seu povo, ele é guiado pela oráculo Phaedra (Freida Pinto - Quem quer ser um milionário) a também ir em busca do Arco Épiro. A atuação de Cavill, fria e insólita, em nada colabora para a construção do personagem, que mais parece um gaoto perdido, com momentos de adrenalina. Na mesma linha estão os deuses (Kellan Lutz - Poseidon; Luke Evans - Zeus; Isabel Lucas - Atenas; Daniel Sharman - Aries) com atuações fracas e em situações confusas.


O visual e as lutas sangrentas são a grande aposta do filme (qualquer semehança com "300" - dos mesmos produtores - não deve ser descartada). Os efeitos visuais impressionam, mas não o suficente para conferir ao filme o seu auto-rótulo de Épico.


Mas essa é apenas a minha crítica. Se você tem uma opinião diferente, comente abaixo. Nos próximos dias, uma entrevista com o historiados Maurício Santos, especialista em Antiguidade, sobre as incoerências do onga. Aguarde.
 



Imortais 

(Immortals, 2011)  
• Direção: Tarsem Singh
• Roteiro: Charley Parlapanides, Vlas Parlapanides
• Gênero: Ação/Drama/Fantasia
• Origem: Estados Unidos
• Duração: 110 minutos



O filme é incrível, e consegue não consegue não deixar nenhum “ponto sem nó”, em meio as tantas reviravoltas que a história sofre — e não são poucas.

Megamente ainda bebê, chega a terra, vindo de um planeta distante — essa não é a história do Superman ? —, o mesmo acontece com Metroman, o herói do filme, e maior inimigo de Megamente, desde a infância. O grande herói do longa morre logo no inicio do filme, e Megamente torna-se o “poderoso chefão” da cidade, já que a mesma já não conta mais com um herói. Logo Megamente  percebe, que sua vida não tem sentido se ele não tem um inimigo, para lutar consigo, e resolve criar o herói, mas o plano não dá certo e a história vai desenrolando em meio a idas e vindas até o fim da projeção.

Com tantas reviravoltas, o filme chega a lembrar novelas mexicanas, mas diferente das mesmas , a história é completa e ao final não deixa margem a dúvidas.

É um filme acelerado, e alucinado ao mesmo tempo. Na cena final a produção conta com uma sequencia da música Bad,  uma homenagem ao astro pop Michael Jackson.

O filme, não foi digno de muitos prêmios, é de fato não era um filme para tal feito. É apenas um filme legalzinho, que brinca com clichês de hollywoodianos, e satiriza os heróis — e os vilões dos quadrinhos. Uma das provas disso, é que a história ainda conta com uma Louis lene, uma repórter do noticiário local, que todos acreditavam ter caso com Metroman quando este era o herói, e que se apaixona por Megamente ,quando ele vive  sua crise de consciência, constatando que sua vida já não tem mais sentido sem alguém para rivalizar consigo. E a partir desse drama o filme cria uma atmosfera recheada de piada, e sátiras. E é um filme legalzinho, mas é só isso.

A história resumida é um grande clichê do cinema americano, mas na forma como Steven Spielberg nos guia. A história do cavalo Joe ,é incrível. É maravilhoso ver um cavalo que pouco a pouco, vai sendo cada vez mais “humano” — talvez até mais que muitos homens e mulheres de nossa geração.

O fazendeiro Ted (Peter Mullan), precisa de um cavalo para arar a terra de sua fazenda, esse cavalo deve ser raça pura. Mas num lapso de loucura, Ted acaba comprando, um cavalo que aos seus olhos é forte, mas que não é de raça e, portanto não serviria para o trabalho. Seu filho, que já havia tido um breve contato com o cavalo em seu nascimento, logo cria fortes laços com o cavalo Joe, e se compromete a treina-lo. Durante a guerra os dois amigos, são forçados a se separar, e o longa metragem narra toda trajetória do cavalo Joe, até que ele possa reencontrar Albert (Jeremy Irvine), em uma terra de ninguém.

Cavalo de guerra, não é um filme para bilheteria — embora, o nome de Spielberg deva levar milhões de espectadores às salas de cinema—, mas um filme para Oscar. Outro fator que contribui ainda mais para isso,é sua época de lançamento nos EUA — fim de dezembro —,caraterística comum aos filmes que almejam um lugar ao sol na premiação.

A trama é lindamente apresentada ao espectador. Algumas cenas tem uma magia especial, que contribui muito para construção da personalidade do cavalo. Uma delas é quando o cavalo, salva seu amigo ( um outro cavalo )da morte, que vem acompanhada de — uma mostra da genialidade de Spielberg — um close no olhar de Joe.

A cena do reencontro entre Joe e Albert, é também maravilhosa. E embora todo o elenco seja desconhecido, todos estão muito bem.

O filme, ainda conta com brincadeiras, entre os soldados rivais, como quando soldados dos dois exércitos — rivais — se unem para salvar Joe. Nessa cena, você entende porquê Joe, é uma cavalo de guerra, e isso não se dá apenas porque os soldados assim o dizem, mas sim pelo fato de que graças ao cavalo, soldados, que outrora tentava se matar, se unem.

A história é perfeita, e o filme, com certeza é digno do OSCAR de Melhor diretor, e deve figurar entre os melhores filmes do ano.

Um dos charmes do filme é seu estilo épico. Coisa rara nas produções de hoje, apenas encontrada em algumas fitas como “O ilusionista”. Já, que como dizem,está fora de moda, porém Spielberg faz uso deste estilo brilhantemente recurso, como só um grande diretor, poderia fazer.

No Brasil o filme chega aos cinemas, no dia 6 de janeiro.

 Daniel Rodrigues (@DanielR_DDRP)
Não sou dos maiores fãs de filmes de ação hollywoodianos, sobretudo quando um diretor utiliza os diálogos apenas para esclarecer o desenrolar de uma história. Em MI4 (ninguém chama assim, mas serve pra lembrarmos que este longa segue outros três,  que de certa forma foram ‘bem sucedidos’), Tom Cruise volta a interpretar o agente Ethan Hunt, com algumas características diferentes dos anteriores.
Mais velocidade – Você terá a sensação de estar correndo a 200 km/h junto com a trama; cenas de ação de causar vertigem; e muita ‘mentira’ nas explosões e batidas de carro, em que todas as vítimas sobrevivem (“e passam bem”).
O retorno da trama nuclear – Com uma nova abordagem, o filme resgata o estilo de vilões que planeja dominar/destruir o mundo, e com uma ‘boa intenção’, recriar a raça humana. Em anexo, o passado da URSS como plano de fundo do filme, mas sem os clichês da Guerra Fria.
Muita iTecnologia – Eu acho que perdi a parte em que Tom Cruise apresenta um comercial da Apple. Do início ao fim do filme, há referências aos produtos da Apple, como o iPhone, o iPad, o Mac e diversos gadgets eletrênicos disponíveis apenas para espiões. Eles são utilizados magistral (e simplificadamente) por Ethan e seus parceiros nas etapas da missão.
Mais risadas – Com um tom menos sério que nos filmes anteriores (mas sem tentar ser comédia) o filme provoca mais reações de surpresa e risadas que tensão. Eu mal percebi essa diferença, e estou curioso para ver a reação do público.
E, novamente, um bom filme para ser assistido no cinema. Se for ver a versão em 3D procure uma sala com tela IMAX. Faz MUITA diferença! Boa diversão.




O filme mantém a linha de seus antecessores, corrigindo falhas de filmes anteriores, e conta com uma série de referencia a outras produções.
Dave (Jason Lee) leva os esquilos para férias em família num cruzeiro, enquanto se preparam para um importante festival de música. Entretanto numa confusão  — como é de se esperar causada por Alvin e os esquilos ( e as esquiletes)acabam perdidos  numa ilha quase deserta. Davi, junto com Ian( David Cross )—que neste terceiro capitulo da franquia volta como animador do cruzeiro — saem para salvar os esquilos, mas acabam também perdidos na tentativa de salva-los.
O filme está recheado de referências a outros filmes, a principal e mais óbvia se da com Naufrago (2000). Tal referência acontece, com a personagem Zoe (Jenny Slate) que assim como acontece na produção de 2000 com o personagem de Tom Hanks, está presa numa ilha, e para fugir da solidão passa a imaginar bolas esportivas — de basquete, de golfe...— como suas amigas.
Em produções como a franquia Alvin e os esquilos, e outras como Gafield, sequer vale a pena para analisar a atuação dos atores humanos, já que são meros coadjuvantes, e suas poderiam facilmente ganhar prêmios como o Framboesa de ouro, caso as animações não fossem, o que anula, suas terríveis participações nestas produções, que embora sejam agradáveis não visem qualidade, mas sim público.
Esse terceiro capitulo, é apenas mais da mesma fórmula bem sucedida —com alguns ajustes mínimos — , que já havíamos visto nos dois filmes anteriores da série.
Uma dos principais ajustes, nestes terceiro, são as cenas em que os esquilos interagem com humanos, que são pouquíssimas, e só acontecem quando inevitáveis. É fácil perceber o esforço para evitar que os esquilos apareçam no mesmo quadro que os humanos. E com certeza esse foi o melhor ajuste feito no filme, já que desde 2004 com Garfield,  essas cenas não convenciam.
Diferente do segundo, onde Dave, passa a maior parte da história ausente , devido a um acidente que sofre logo no inicio do filme, e só torna a aparece no final. Nesse longa e tornar a estar presente na história ,como coadjuvante. E Toby (Zachary Levi), que “substitui”, Dave, no que se refere a cuidar dos esquilos no segundo filme não torna a aparecer.
A trilha sonora é outro assunto a parte, já que os esquilos cantam grandes músicas do cenário pop musical, da atualidade, e o filme conta com uma incrível sequencia da Música Bad Romance (Lady Gaga),numa coreografia em conjunto com as esquiletes.



O filme chega aos cinemas no dia 06 de janeiro de 2012


Christine- O carro assassino é um verdadeiro clássico do gênero de terror. A história é simples, e tem o próprio carro como personagem principal. E aposta em atores pouco conhecidos a fim de não roubar a cena do carro, que protagoniza o filme, e ao longo da trama vai se mostrando um carro sentimental, e egocêntrico.
Arnie Cunningham (Keith Gordon), é um nerd, vitima de bullyng, que conta com seu melhor amigo, Dennis (John Stockwell) para defendê-lo dos valentões do colégio. Após uma surra, enquanto volta para casa, Arnie , vê na garagem de um velho muito estranho, um carro destruído, mas pelo qual se apaixona.
Embora desconhecidos, o elenco todo está  muito bem neste filme, que possuí fãs fervorosos — não é difícil entender por que, afinal de contas, a história embora simples é agradável e cativante.
O filme não conta com muitas subtramas, e é curto e grosso, que diz respeito ao terro, com cenas que incluem Christine,  correndo em chamas, atrás de um jovem, inimigo de Arnie —o carro tem ciúmes de seu dono — que a destruiu.  Outras cenas incríveis são aquelas em que o carro se reconstrói.  O final também é genial, embora, seja um clichê usando em quase todos os filmes de terror.
Um carro ciumento, que não gosta de dividir seu dono com nada nem ninguém. Um carro que se reconstrói. Um carro vingativo... Esses são apenas alguns, dos tantos argumentos que podem ser usados para definir Christine, um modelo Plymouth Fury 1958, que é o grande protagonista desse clássico do terror, dos anos 80. Ano em que o gênero teve suas melhores produções, e viveu seu auge.
Conclusão: Essa obra merece ser admirada, por sua raridade, e por ser um exemplo de terror, do tipo que não se vê mais nas produções recentes, do gênero.




Um filme para agradar a toda família. Essa é a melhor forma de definir Compramos um Zoológico. O filme narra a história — real — de um homem, que após perder sua esposa resolve comprar um zoológico a fim de proporcionar a si e aos filhos um novo recomeço, que como o filme mostra é doloroso, é difícil no começo, durante a fase de adaptação, mas aos poucos vai dando certo, e a família vai se recuperando da perda da mãe.
O elenco consegue criar uma família incrível, e Matt Damon, está muito bem neste longa metragem, conseguido transmitir através de seus olhar e de sua atuação,  a emoção e o sentimento do personagem, que acaba de perder a esposa , e ainda sofre com sua lembrança. A dupla de  pai e filho , formada por Matt e Colin Ford, é outro ponto forte do filme. O jovem ator consegue se sair muito bem no personagem de um adolescente desajeitado, que tem  dificuldade de lidar com garotas , e com seu pai, que assim como ele sofre com a perda da mães/esposa . Ao longo do filme, o relacionamento dos dois evolui de uma forma incrível, conseguido comover o público.
Outra grande atuação é a da jovem, Maggie Elizabeth Jones, que interpreta a filha do personagem de Matt Damon; uma garota de sete anos com uma personalidade forte, que ainda acredita no coelhinho da pascoa, e é um dos principais motivos, para que o pai resolva comprar um zoológico. A garota arranca risadas da plateia durante todo o filme ,com seu jeito criança, que porém, é até mais sensata que o pai.
A grande decepção do filme é mesmo a atuação de Scarlett Johansson, que aparece como a chefe dos funcionários do zoológico, que está a beira da falência, sobrevivendo através de subsídios do governo quando o Matt resolve compra-lo. Scarlett aparece como uma coadjuvante inexpressiva, que parece perdida em meio aos animais todo o filme, com cara de menina da cidade.
O longa ainda conta, com piada interessantes e atuais como numa cena em que o personagem de Matt, faz menção aos mineiros chilenos, em uma piada.
É um filme para família, principalmente para crianças— como é de se esperar, dada a época do ano em que o filme será lançado (23 de dezembro). É um filme para se fazer bilheteria, com foco nas crianças, embora agrade a toda família com uma história leve ,uma drama familiar, e personagens engraçados.


Encurralado (1971), aposta no mistério e na curiosidade, para criar uma trama, que envolve o espectador nos dilemas do personagem central. Toda a trama se inicia quando numa estrada, David (Dennis Weaver) , ultrapassa um caminhão, a partir daí ele passa a se ver numa luta contra o veículo que começa a persegui-lo, buscando sua morte.
O filme deu inicio a carreira de Steven Spielberg no cinema. A principio foi produzido para ser exibido apenas na tevê, mas com seu sucesso acabou chegando aos cinemas do mundo inteiro.
O filme é simples, porém bem feito — talvez essa seja a formula de seu sucesso. A trama não possui subtramas, foca-se apenas no personagem central e no caminhão que o persegue. O caminhão, em momento nenhum, ganha um rosto que o represente por isso a maquina, se torna o coadjuvante do filme — da figura que dirige o caminhão, vemos apenas as botas, e o braço, fazendo um único movimento. Tamanha simplicidade, que todo o longa foi gravado em apenas 13 dias, e se tornou um clássico do cinema mundial.
O filme não conta com muitos personagens de importância, apenas David, que é perseguido pelo caminhão. Tal personagem é interpretado por Dennis Weaver, que consegue dar vida ao personagem, com uma boa atuação, que atende bem as necessidades do personagem, mas sem maiores méritos. É uma atuação simples, como todo o filme, que conta com um único figurino, poucos cenários — apenas o carro e alguns lugares a beira da estrada.
E como primeiro filme de qualquer diretor, o orçamento é baixo , diferente das demais produções de Spielberg, que viriam depois deste filme. A produção é simplista, porém criativa. Criatividade que contorna o baixo orçamento do longa.
Conclusão: esse filme é a aprova de que o segredo por trás de Steven Spielberg, não são os grandes orçamentos — embora eles façam uma grande diferença. Steven Spielberg, é um gênio,com ou sem grandes orçamento.


Robin Williams dá um show, em matéria de improvisação em Bom dia, Vietnã.  Como um radialista do exercito, seu personagem, o soldado Adrian Cronauer, conquista inimigos, e importantes aliados entre seus superiores.
Toda a trama se passa durante a guerra do Vietnã. Para animar a rádio do exército americano, um oficial do alto escalão resolve trazer o soldado, que o fizeram rir muito em uma de suas viagens. Chegando ao País, o soldado logo se apaixona, por uma nativa, e conhece seu irmão que o levará a conhecer o País, e a guerra.
Apesar de se passar durante uma guerra, este longa, não é um filme de guerra, já que a mesma serve apenas como cenário para que a trama se desenvolva, e surpreenda o espectador com doses de drama que pesam mais que o normal, em um filme que segue o ritmo de uma comédia. E um romance, que aos poucos vai se mostrando impossível.
Robin Williams teve nesse filme, o seu primeiro sucesso no cinema. Nesse longa foi visto pela primeira vez como um ator para o cinema, já que antes era visto apenas como um ator de tv. Tamanha qualidade de sua participação, que foi indicado ao Oscar de melhor ator, mas acabou perdendo para Michael Douglas em  Wall Street-Poder e cobiça. Embora seja boa, a atuação de Robin Williams é inexpressiva neste longa, talvez por isso não tenho levado o Oscar.
Conclusão, o filme aposta numa mistura de humor com drama, que em certos momentos dá certo, e surpreendem o espectador, como na cena do restaurante, que naquele instante parece pura coincidência, mas depois é explicada, e surpreende, ao mesmo tempo comovendo o espectador.
Vale a pena assistir, mas não vai além disso, o filme é legal com grandes atuações piadas engraçadas, mas com um roteiro fraco, salvo pelos improvisos de Robin Williams, aliás ele faz o filme valer a pena.


A pele que habito (2011),marca o reencontro do Diretor Pedro Almodóvar com Antonio Banderas. Foi através das produções de Almodóvar, que Banderas caiu nas graças de Hollywood, entretanto os dois havia tido uma briga, que com esse novo longa parece ter se resolvido.
É difícil falar desse filme, sem contar o final, já que toda a trama é interligada numa narrativa, onde as consequências são mostradas primeiro, para que em seguida as causas apareçam e deem sentido a tudo o que aconteceu.
Antonio Banderas, se adequa muito ao bem ao personagem, um médico pesquisador alucinado que perde a esposa e em seguida vê sua filha,que se recuperava dos problemas de sociabilidade, ser estuprada, e piorar de vez, tendo que ser internada. Mas não resiste a loucura e acaba por destruir a própria vida durante sua internação.
O personagem de Banderas tem ainda uma grande ligação com uma paciente, que mantém internada em sua casa, que é também uma clinica de estética e um laboratório. Mais tarde vai se descobrir uma ligação entre todas as subtramas, que a principio não possuem nenhuma ligação, mas estão muito mais ligadas do que se pode imaginar.
O filme tem seus momentos engraçados, e não são poucos, aliás, acaba se perdendo um pouco, quando cenas que deviam levar um mínimo de seriedade, causam risadas na plateia, caso da cena final com a belíssima atriz Elena Anaya, que apesar de aparecer magistralmente durante quase todo o filme, falha nesse momento.
O longa ainda carrega um ar misterioso, e cientifico que pode conquistar aos fãs de séries médicas, como House e outras tantas.
Toda a história acontece dentro de um circulo de apenas 3 personagens, outros aparecem pelo caminho, deixam, ou não, sua marca e a história segue. A trilha sonora é agradável, não atrapalha a história, ou mesmo influi e aparece nos momentos certos. Cenas de sexo, o filme tem várias, algumas desnecessárias, mas numa obra em que tudo ganham sentido em determinado momento, como é caso desta, é difícil imaginar o filme sem elas.
O longa ainda deixa o final aberto, algo que se espera de filmes que se candidatam ao Cult, não acredito que seja o caso deste. Mas não deixa de ser um bom filme espanhol, com um ator que é mundialmente conhecido por seu trabalho nas terras do Tio Sam. Almodóvar deixa sua marca nessa narrativa, que alterna passado e presente para contar o clichê do artista que se apaixona por sua obra (não posso falar muito sobre isso, caso contrário acabaria revelando o final da trama).


Há algum tempo já havia escrito sobre, Planeta dos Macacos (1968). Entretanto resolvi voltar a falar do filme, após tornar a assisti-lo.
Posso, ver o filme quantas vezes quiser, mas sempre irei achar incrível aquela maquiagem, e sempre será difícil entender, como uma obra de tamanha grandiosidade como está, pode ter sido feita, sem os recursos especiais de hoje. E é fácil perceber que não séria a mesma coisa, basta observar os novos Planeta dos Macacos, ou mesmo aqueles que se seguiram, nenhum conseguiu repetir o sucesso do primeiro filme, principalmente quando se fala em qualidade.
As atuações não são perfeitas, passam longe disso, embora Charlton Heston tenha conseguido dar a seu personagem um toque rudimentar, que caiu maravilhosamente bem no mesmo. Outra atuação que também não é grandiosa, porém chama a atenção é a de Linda Harrison que interpreta Nova, dado a ela aquele olhar cativante, sexy, e ao mesmo tempo tão ingênuo, de quem pouco conhece o mundo que está ao seu redor, e isso sem dizer uma palavra durante todo o filme. A atriz ainda fica marcada por cenas, como àquela em que sorri um sorriso artificial, de quem sequer sabe o que isso significa, mas está aprendendo com seu companheiro — Taylor—, a se tornar alguém civilizada que entende , ou fingi entender seus sentimentos, como nós seres humanos  fazemos.
A narrativa é levada ao espectador com uma trilha sonora leve, que pouco influi no filme, deixando que a história siga, de uma maneira a causar, certo ar de realismo no filme, já que também não temos trilha sonora em nosso cotidiano. Essa é uma contribuição de seu diretor, Franklin J. Schaffner, um japonês, que estava acostumado a dirigir séries de tv, mas que tem grandes filmes em seu curriculum, entre eles Patton (1970), que levou sete OSCARs, entre eles o de melhor diretor e melhor filme.
O filme é incrível, e ao fim nos leva a pensar se a evolução, paga com a destruição de vidas, vale mesmo apena.